19.1.05

Os discípulos de Borota III

‘E, na apocalíptica noite, debaixo do trovejar demoníaco, ergeu as maos aos céus e gritou : Deus, para que serve isto no fim dos braços? ’
Férenc 22.76

Discípulo III
Ivica ‘ E-o-que-faço-com-as-maos-quando chega-a-bola’ Kralj

O seu rotundo fracasso nas Antas representou o caso mais surpreendente dos 3 discípulos. Chegou como um Mlynarczyk, saiu como um Lemajic.

Esta responsabilidade que lhe meteram nas maos, Ivica nao foi capaz de aguentar. Deixava-a cair sempre ao chao. De facto, este Rodolfo Rodriguez de Leste caracterizava-se pela sua incontrolável descoordenaçao motora. Era habitual ver Kralj a enfiar os dedos no nariz enquanto orientava a barreira num livre directo ou a esmurrar-se a si mesmo quando tentava socar a bola num pontapé de canto. Embora creamos que essa mesma descoordenaçao fosse um dos seus trunfos lá no campeonato da sua terra, por cá infelizmente nao funcionava como arma de desconcentraçao dos avançados, sofrendo mais frangos do que golos feitos falhava Lima.

Ivica, este Ran tan plan da pequena área, estava para a sua baliza como o seu companheiro Stéphane Paille para a dos adversários. Ou seja, tinham tanto a ver como o Abel Xavier do Estrela da Amadora e o Abel Xavier do Liverpool. Nada. Absolutamente nada.

E por essa razao, a sua presença lá prós lados da Gaia foi tao fugaz como as defesas que conseguiu fazer. Apesar de totalmente inapto como guarda-redes, Kralj merece a nossa homenagem pois reconhecemos o esforço de um homem que tenta ultrapassar as suas próprias limitaçoes, mesmo sem o conseguir, o que o faz um quase-exemplo para todos nós.

Também os seus adversários ainda hoje choram de saudades e enviam-lhe mensagens para o telemóvel encorajando-o e incentivando o seu regresso para as balizas de um qualquer rival. Mas Ivica ‘ E-o-que-faço-com-as-maos-quando chega-a-bola’ Kralj nao sabe disto. Porque ainda nao conseguiu carregar nos botoes do seu telemóvel.



18.1.05

Os discípulos de Borota II

‘ Quando olhares e vires alguém, nao significa que esteja gente‘.
Férenc 09.11

Discípulo II
Wozniak ‘Robokeeper 2000’

Possuidor de um estilo que se pode caracterizar como essencialmente geométrico, Wozniak parecia que fazía todos os seus movimentos corporais em angulos de 90º. Wozniak era um prodígio na arte de defender mal. De facto, era dos três discípulos de Borota, o mais parecido com Baía. Mais propriamente com a Baía de Cascais, já que na sua testa podíam atracar diariamente dezenas de traineiras e uma ou outra fragata de guerra, razao pela qual é um dos grandes favoritos ao Prémio Dr. Domingos Gomes, para as maiores entradas de sempre do futebol portugués. Os seus principias rivais sao:
- Nivaldo
- José António
- Murça
- Bobó
- Mario Artur
- Nunes
- Caccioli
- Best
- 80% dos planteis do FC Porto desde 1970.

Prémio Dr. Domingos Gomes, próximamente no blog mais perto de si.

Ou seja, de Wozniak, o que podemos dizer é que tambiém os alunos da famosa escola polaca de guarda-redes chumbam.